A Cirurgia Torácica identifica e trata doenças que atacam os órgãos internos do tórax. É uma das especialidades médicas que mais se tem beneficiado dos avanços tecnológicos ocorridos nos últimos anos. O uso de técnicas minimamente invasivas tem auxiliado milhões de pessoas em todo mundo a usufruírem de tratamentos mais eficazes, menos traumáticos, menos dolorosos e com rápida recuperação, obtendo assim mais qualidade de vida.
O cancro no pulmão é o segundo tipo de câncer que mais cresce no mundo, sendo superado apenas pelo número de casos de cancro da pele. A Oncologia considera que há três tipos principais de cancro pulmonar:
As técnicas minimante invasivas são poderosas aliadas em todas etapas do tratamento. A recolha de matéria para biópsia é rápida e segura, o que agiliza o reconhecimento do tipo de câncer e escolha do tratamento mais eficaz. Havendo indicação cirúrgica, a intervenção é altamente eficaz e dependendo do caso e estado de desenvolvimento da doença, pode não ser necessário utilizar quimioterapia ou radioterapia como tratamentos auxiliares.
As cirurgias que utilizam técnicas minimamente invasivas permitem a remoção do cancro, na sua totalidade, sucesso que dependerá do tipo de câncer e nível de propagação. Também é feita a linfadenectomia, que é a resseção de linfonodos da área para evitar que a doença se alastre. A Porta Única “VATS”, técnica que utiliza uma única e pequena incisão de até 5 centímetros entre as costelas para remoção de massas, preserva a musculatura da parede torácica, diminuindo exponencialmente a dor no período pós-operatório.
A redução dos riscos de hemorragias e infeções e a atenuação da dor permitem rápida recuperação e o retorno do paciente às suas rotinas diárias. Estes resultados diminuem o desgaste psicológico de pessoas que precisam manter energia e foco para dar continuidade ao seu tratamento.
Resultados podem variar de pessoa para pessoa
O Pneumotórax é um quadro médico que se desenvolve quando o ar dos pulmões se acumula entre estes e a parede torácica, causando dificuldade em respirar. Em casos mais severos há um deslocamento do coração e de outros vasos sanguíneos importantes, o que pode levar o paciente à morte. Há quatro tipos de Pneumotórax:
1. Pneumotórax espontâneo: Não há uma causa determinante para que este ocorra e é mais comum em pessoas na faixa dos 30 a 40 anos. Bolhas de ar se desenvolvem nos pulmões e podem romper-se, provocando um vazamento de ar para a pleura, que é a membrana que envolve os pulmões.
2. Pneumotórax traumático: O ar acumula-se entre os pulmões e a caixa torácica depois de uma pancada, queda ou outros acidentes.
3. Pneumotórax latrogénico: Ocorre depois da realização de um procedimento médico, como por exemplo a inserção de um cateter venoso central para passagem de medicamentos.
4. Pneumotórax hipertensivo: O estouro de uma bolha de ar pode causar uma lesão na pleura, fazendo com que o ar se acumule entre os pulmões e a parede torácica. Cada vez que a pessoa respirar, um pouco mais de ar se acumula nesta região e não é eliminado. Este acumular de ar pode levar à morte, já que os pulmões ficam comprimidos e eventualmente ocorrerá o deslocamento do coração ou outros vasos.
Os principais sintomas de um pneumotórax são:
O diagnóstico é feito pelo exame clínico do paciente quando o quadro já se apresenta mais avançado. Em casos mais brandos, a presença de ar é detetada por exames de Raio-X e tomografias. O tratamento algumas vezes consiste em observar e aguardar a absorção do ar pelo organismo. Em casos graves, como o Pneumotórax hipertensivo, uma agulha ou dreno são usados para tirar o excesso de ar e salvar a vida do paciente.
Algumas pessoas podem ter outros episódios de Pneumotórax e em alguns casos, a pleura não cicatriza o suficiente para impedir novos vazamentos de ar. Em casos assim há indicação para a realização de uma intervenção chamada de Pleurodese e resseção de bolhas de enfisema por Videotoracoscopia.
Esta cirurgia é realizada utilizando-se técnicas minimamente invasivas. Uma pequena incisão é feita no peito do paciente e é introduzida uma fina câmera. Numa outra pequena perfuração, são inseridos equipamentos cirúrgicos. Um pedaço de gaze é utilizado para esfregar a região do vazamento, iniciando um processo inflamatório que levará a cicatrização do tecido. Para pacientes que apresentam repetidos episódios de Pneumotórax, um talco especial é utilizado para provocar a cicatrização. Desta forma o pulmão adere à parede torácica pleura parietal e é evitado um novo colapso pulmonar.
Quando são encontradas bolhas de enfisema no pulmão, estas são ressecadas no mesmo procedimento para evitar que voltem a ter fuga aérea.
Após a cirurgia, um dreno pode ser colocado no local da incisão para escoar o ar. O tempo médio de permanência no hospital é de 2-3 dias, após os quais, o paciente pode voltar as suas atividades normais.
O uso de técnicas minimamente invasivas é altamente indicado para tratamento de Pneumotórax, inclusive para pacientes que apresentam outras doenças associadas. A segurança oferecida por esta abordagem, diminuição dos riscos de intercorrências e rápida recuperação devolvem ao paciente qualidade de vida.
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Pectus é o nome genérico de deformações congénitas que ocorrem na parede torácica anterior. As causas destas alterações ainda são objeto de estudo, mas podem estar associadas a doenças genéticas como a Síndrome de Marfan.
O Pectus Excavatum é uma deformação da parede do tórax, causada por um crescimento anormal do osso esterno e das costelas, criando uma depressão no centro do peito. Essa alteração pode ser detetada na criança logo após o nascimento, mas agrava-se durante a fase de crescimento.
A depressão profunda no centro do peito pode comprimir órgãos como pulmão e coração, ocasionando problemas cardíacos e respiratórios. Quando o grau de deformação é severo, podem surgir algumas complicações associadas.
Como por exemplo:
A cirurgia de correção do Pectus Excavantum através de abordagens minimamente invasivas utiliza a Técnica de Nuss, adotada há anos nos grandes centros de referência de Cirurgia Torácica internacionais e com alto índice de sucesso.
Antes da cirurgia, o paciente passará primeiramente por uma detalhada avaliação para exclusão de outras doenças. Depois, será submetido a uma série de exames para avaliação das funções cardíaca e pulmonar, como por exemplo o ecocardiograma, eletrocardiograma e teste ergométrico e estudo da parede torácica em 3D.
Após as avaliações físicas do paciente, será feita uma Tomografia Axial Computadorizada (TAC) para avaliar a gravidade do Pectus Excavatum e fazer um estudo anatómico com medidas para encomendar uma prótese feira à medida do tórax do doente. O paciente também será submetido a testes para verificar se apresenta alergia a metais.
A cirurgia é feita através de duas incisões laterais de 4 centímetros cada uma. Uma barra curva de metal, geralmente de titânio, moldada especialmente para o paciente é colocada para expandir as paredes do tórax. Dependendo da idade do paciente e da pouca elasticidade do tórax, pode ser necessário colocar duas ou três barras.
Os resultados estéticos são imediatos e após três anos será feita uma nova cirurgia, também com pequenas incisões e técnicas minimamente invasivas, para se retirar a barra. O período de recuperação é de cerca de sete dias, quando o paciente poderá gradualmente retomar as atividades normais.
As cicatrizes são quase impercetíveis, a recuperação é rápida e relatos de intercorrências são raros. Há uma melhoria significativa da função cardiopulmonar e da qualidade de vida, que ocorre principalmente pela superação dos problemas psicológicos e de autoestima.
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Pectus Carinatum é uma deformidade da parede do tórax, causada por uma elevação do esterno. O formato do peito lembra o de uma ave, por isso às vezes é conhecido como “Peito de pombo”. Escoliose e asma são males associadas a essa condição.
Quando o grau de deformação é severo, as queixas mais frequentes dos pacientes são:
Quando é um caso grave pode ser necessário recorrer à cirurgia. A cirurgia de correção do Pectus Carinatum através de abordagens minimamente invasivas utiliza a Técnica de Abramson, adotada há anos nos grandes centros de referência de Cirurgia Torácica internacionais e com alto índice de sucesso.
Após as avaliações físicas do paciente, será feita uma Tomografia Axial Computadorizada (TAC) para avaliar a gravidade do Pectus e fazer um estudo anatómico com medidas para a preparação das barras que serão utilizadas na cirurgia. O paciente também será submetido a testes para verificar se apresenta alergia a metais.
A cirurgia é feita através de três incisões bilaterais de 3 centímetros cada uma. São feitas pequenas resseções nos ossos das costelas e placas de titânio são afixadas. Em seguida, três barras de metal são colocadas transversalmente para comprimir o esterno e são presas nas placas.
Os resultados são imediatos e após três anos será feita uma nova cirurgia, também com pequenas incisões e técnicas minimamente invasivas, para se retirar as barras. O período de recuperação é de cerca de sete dias, quando o paciente poderá gradualmente retomar as atividades normais.
As cicatrizes são pequenas, a recuperação é rápida e relatos de intercorrências são raros. Há uma melhoria significativa da qualidade de vida, que ocorre principalmente pela superação dos problemas psicológicos e de auto-estima.
Observa-se também em alguns pacientes a associação de outras doenças como asma e escoliose. Pectus é o nome genérico de deformações congénitas que ocorrem na parede torácica anterior. As causas dessas alterações ainda são objeto de estudo, mas podem estar associadas a doenças genéticas como a Síndrome de Marfan.
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A Hiperidrose, é uma desordem que causa transpiração excessiva em algumas regiões do corpo, como palmas das mãos, solas dos pés e axilas. O suor abundante aparece sem uma razão aparente, como o que surge após os exercícios físicos e calor.
Além de ser uma condição médica, a Hiperidrose causa angústia e ansiedade nos portadores desta disfunção, já que a transpiração excessiva aparece sob a forma de manchas nas roupas e mãos húmidas, causando constrangimentos nas relações profissionais e pessoais. O stress gerado em resposta a essas emoções pode agravar o quadro. Geralmente a Hiperidrose surge na infância e agrava-se com o passar do tempo.
Existem dois tipos de Hiperidrose:
A cirurgia para correção da Hiperidrose é chamada de Simpaticectomia Torácica Superior Bilateral Vídeoassistida e é considerada a solução definitiva para esta disfunção.
A cirurgia é realizada em bloco operatório e o cirurgião torácico fará pequenas incisões de 3 a 5 mm nas laterais do tórax. Uma microcâmera que gera imagens de altíssima resolução é inserida para ampliar o campo de visão. Será utilizado um fino cateter para fazer a clipagem no exato local onde está o gânglio responsável pela estimulação das glândulas. Após a colocação de clipes de titânio, ocorrerá imediatamente a interrupção da transmissão de impulsos o que é traduzido com acordar da sedação da cirurgia com as “mãos secas”.
O período de internamento será de um dia e o paciente irá para casa no mesmo dia da cirurgia, retomando assim as suas rotinas diárias. Como as incisões são pequenas, o perigo de infeções é mínimo e a referência à dor é quase inexistente. O tempo de recuperação é curto e o paciente percebe rapidamente que a Hiperidrose deixa de existir.
Superar de uma disfunção que causava angústia e ansiedade é um dos maiores ganhos desta cirurgia. O fim dos constrangimentos e preocupações com manchas nas roupas e o desconforto que um simples aperto de mão causava aumentam a sensação de bem-estar e qualidade de vida do paciente.
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Os tumores no mediastino são massas, benignas ou malignas que se desenvolvem no espaço entre os pulmões, que comporta órgãos como o coração, parte do esôfago, parte da traqueia, parte da aorta e timo.
Anterior: Parte frontal do tórax
Médio: Contém o saco pericárdico e seu conteúdo
Posterior: Coluna torácica
Em crianças, a maioria dos tumores encontrados nesta região são benignos. Em adultos, alguns são decorrentes de metástases, ou seja, uma nova formação tumoral que surge a partir de uma anterior. Na maioria dos casos, as massas cancerosas estão relacionadas com as regiões em que são encontradas. Assim, os tumores no mediastino encontrados com maior frequência e por região, são:
Quando um tumor é encontrado em num destes exames, utilizam-se técnicas minimamente invasivas para realizar a mediastinoscopia, procedimento este que permite um exame detalhado da região para verificar se há metástase e também punção de material para biópsia. Após a identificação do tumor e havendo indicação de cirurgia, as técnicas minimamente invasivas serão utilizadas em procedimentos chamados de VATS (Toracoscopia Videoassistida).
O cirurgião torácico introduzirá um aparelho com uma pequena câmera, que gera imagens em altíssima definição, acoplada na sua extremidade. Desta forma, garante-se ampliação do campo de visão. Após a localização do tumor, a região é demarcada e é feita a resseção do tumor e de uma pequena área em seu redor, como prevenção contra a formação de uma nova massa tumoral. Depois da cirurgia, o paciente poderá ter que utilizar um dreno, para prevenção de hemorragias.
Como a área da cirurgia é pequena e a remoção é objetiva, existe a preservação da musculatura da caixa torácica. O paciente sentirá menos dor, ficará menos debilitado, a recuperação será mais rápida e se houver necessidade de uso de terapias auxiliares como quimio e radioterapia, poderão ser feitas num intervalo menor de tempo. Esta é uma vantagem importantíssima na luta contra o câncer, já que alguns tumores apresentam rápido crescimento.
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Os quistos do pericárdio geralmente são formações benignas, que se caracterizam pela presença de fluído interno e cuja origem é congénita, isto é, formaram-se durante a fase de crescimento embrionário.
O pericárdio é uma membrana sacular que envolve o coração e as raízes dos grandes vasos. Sua função principal é a proteção e sustentação do coração no diafragma. Tem capacidade de expansão durante as contrações e possui uma camada interna, que contém líquido suficiente para a lubrificação dos músculos cardíacos.
Estes quistos geralmente são assintomáticos e são encontrados acidentalmente em exames de rotina, como Raios-X. Embora sejam formações benignas, o seu crescimento exagerado comprime outros órgãos e podem levar o paciente a desenvolver o quadro de Insuficiência Cardíaca.
Os principais sintomas de quistos do pericárdio são:
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